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“O meu pai nem sabia que cantava”- Rita Rocha saltou das canções no banho para a estreia de platina

O talento morava em casa, mas nem a cantora notava. Rita Rocha fala sobre Carolina Deslandes, o curso de Medicina e sobre sonhar com pés na terra.

Sons Em Trânsito

Inscreveu-se no The Voice Kids, mas nem pensava sequer passar. Entrou de harpa no palco e saiu com Carolina Deslandes de mão dada, até hoje. O pai não sabia do seu talento, a mãe só conhecia o gosto por cantar no banho. Mas parece que nem Rita Rocha sonhava que a música seria parte da sua vida, como conta ao site do Fama.

Eu não digo isto para parecer humilde”, começa por avisar. “Eu não esperava de todo. O facto da Carolina [Deslandes] – quando saí do The Voice – ter achado que eu tinha algum potencial, quando eu só gostava de cantar no banho… eu pensei ‘está a pegar em mim e não sabe onde se está a meter’“, recorda.

A que se refere? Ao sucesso estrondoso do seu single de estreia que se difundiu pelas rádios – “Mais ou Menos Isto”– uma música de Agir, Carolina Deslandes e Bárbara Tinoco.

Na casa de Deslandes

A canção nasceu em casa de Carolina Deslandes, na companhia de Bárbara Tinoco. Mas como é a jovem de 16 anos – na altura com 15- foi parar a casa da cantora? A ligação do concurso musical nunca quebrou.

Sinto que nunca houve um corte. Logo depois do programa, no dia a seguir, a Carolina combinou um almoço comigo e ela disse ‘estive a ouvir o que me mandaste e queria apresentar-te a umas pessoas’“, explica.

A cantora de ‘A Vida Toda‘ tinha pedido músicas que Rita Rocha tivesse em carteira. A adolescente da Maia tinha ‘um monte delas’. “Jamais esperaria que a canção ia ter o impacto que teve. Significa que as pessoas se relacionaram com pedaços da minha vida que achava que só eu me relacionava. Foi inacreditável e inesperado”, sublinha, quase em desabafo.

Passámos para uma relação de mentora/aprendiz para uma de família, que é o que ela significa para mim. É uma irmã mais velha”, acrescenta sobre a oportunidade que ganhou. O seu primeiro EP, A Miúda do 319, foi lançado este ano com duas músicas que contam com Bárbara Tinoco e a Carolina Deslandes.

“O meu pai descobriu que eu cantava porque um amigo lhe ligou”

A voz no chuveiro e o domínio da harpa não pareciam ser suficientes para fazer Rita Rocha sonhar. Ainda assim, decidiu inscrever-se no programa da RTP. Recebeu o alerta do pai sobre a exposição do programa e uma possível desilusão. “Ó pai, eu vou na desportiva. Nem sequer devo passar”, atirou.

Nesta altura não havia quaisquer planos em seguir música. Ai, nunca na vida. O meu pai nem nunca me tinha ouvido cantar, atira. O conhecimento do gosto da filha surgiu com um telefonema. “O meu pai descobriu que eu cantava porque um amigo lhe ligou a dizer: ‘a tua filha tirou aquele vídeo super giro dela a cantar do Instagram’ “, recorda.

O pai não sabia que a filha tinha uma página dedicada às suas interpretações. A prova cega do programa mudou o cenário. “‘Acho que se calhar tem jeito para a coisa’; dever sido que ficou a pensar”, aponta.

Durante o programa começou a interessar-se mais pelo piano a escrever mais canções -as tais que enviou com relutância a Carolina Deslandes – e promete que o saxofone está na lista.

Canta para milhares de pessoas, mas tem Medicina na cabeça

Em pouco tempo tudo mudou na sua vida, mas diz ser exatamente igual. “Canto para mais pessoas, já não é só o meu espelho. Continuo [a ouvir] uma playlist muito aleatória. A maior parte é rap, tem pouco de pop e música clássica”, confessa.

Diz ter já ter músicas suficientes para dois álbuns e tem conseguido conciliar com os concertos com os estudos. Está agora no 12.º ano e é aqui que deixa um aviso. “Esta é a parte em que as pessoas me chamam de louca, antecipa a cantora que atua no Festival da Comida Continente, a 8 de julho.

Estou a tentar entrar no curso de Medicina. Amava, sempre foi algo que quis fazer. A música é uma profissão que é oito ou 80. Para já as minhas notas estão ótimas, mas os exames não foram tão bons porque tive pouco tempo para estudar“, esclarece.

Mas será que a jovem se vê a estudar num curso exigente, enquanto faz música? “Eu só quero entrar. E depois ia fazendo o curso, consoante a música ia correndo bem ou não”, indica, citando a necessidade de alguma segurança.

No ar, Rita Rocha deixa no ar uma colaboração surpresa, para breve, e que continua ainda – aqui sim, a sonhar – com uma música com Os Quatro e Meia. “Eu só estou a fazer com que eles reparem que eu existo“, brinca.

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