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Ricardo Quaresma sobre amigos de infância: "Estão mortos ou agarrados à droga"

O antigo internacional português disse que o irmão "sempre teve medo que entrasse noutros mundos".

Ricardo Quaresma
Jose Manuel Alvarez/Quality Sport Images/Getty Images

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A infância de Ricardo Quaresma não foi fácil. O antigo futebolista português esteve no podcast 'Geração 80', conduzido por Francisco Pedro Balsemão, e recordou como era o seu dia-a-dia, que se dividia entre a escola e a rua.

Sendo filho de mãe africana e pai de etnia cigana, o atleta - que vivia no Casal Ventoso - contou que nunca ninguém o tratou mal, "mas sentia que olhavam para si de forma diferente". "Às vezes aquelas brincadeiras 'cigano, passa a bola', que sentias que não era com carinho, que era com maldade",lamentou.

Os pais separaram-se quando eu era pequeno e passaram por dificuldades, sendo que o pai esteve ausente durante dois anos. "Tinha muita liberdade porque a minha mãe tinha três trabalhos, e eu andava sempre na rua, sozinho, ou com o meu irmão mais velho", relembrou.Eu andava quase sempre sozinho. A minha mãe entrava às 4 da manhã na Praça da Ribeira, trabalhava a limpar casas. Saía de uma casa ia para outra. Entretanto eu saía da escola e ia treinar, por isso só via a minha mãe praticamente à noite."

Ricardo Quaresma contou com o apoio do irmão mais velho: "Houve uma altura em que o meu irmão era irmão e era pai, era ele que se preocupava e que me criava, estava sempre em cima de mim. Eu sempre fui um miúdo muito reguila e ele sempre teve medo que eu entrasse noutros mundos", assumiu.

"Nisso tenho de lhe agradecer, nunca me deu oportunidade para isso, ele sabia tudo o que eu fazia e apertava comigo. Muitas vezes não fazia certas coisas porque sabia que lhe ia chegar aos ouvidos. Ele fez bem o seu trabalho [de irmão mais velho]. Ainda agora vai de férias comigo, temos uma boa relação", acrescentou.

Relativamente aos amigos de infância, o antigo internacional português afirmou que "ou estão mortos ou estão agarrados à droga, ou saíram do paísporque tiveram de refazer a sua vida". "Não tenho muita ligação às pessoas que foram criadas comigo. Há uns que os vejo e faço uma festa e fico a falar com eles, mas seguimos vidas diferentes, explicou.

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