Mateus Solano e Miguel Thiré trazem a Portugal a peça Selfie, um espetáculo que retrata de forma divertida a nova forma das pessoas se relacionarem com a existência das redes sociais e de gadgets, como o telemóvel. Os dois atores estiveram à conversa com o Fama Show e falaram abertamente sobre a família, a carreira e sobre o que mais os fascina em Portugal.
Mateus Solano, conhecido no nosso país pelas várias personagens que interpretou em novelas da Globo, em particular o vilão Félix, de Amor à Vida, já esteve em Portugal, em várias ocasiões, inclusive viveu cá entre os três e os quatro anos de idade, e recordou esses tempos com nostalgia. “Eu lembro-me do Beiral, que era a escola que eu frequentava. Lembro-me de chegar ao Beiral e toda a gente me cumprimentar porque era o brasileiro da escola. Eu sentia-me importante com três, quatro anos de idade”, confidenciou, acrescentado que também conhece bem Lisboa. “Lembro-me de caminhar pela Infante Santo, subindo até à Basílica da Estrela e depois comer alguma coisa por lá. Dei muitas caminhas em adolescente por Lisboa. São lembranças muito caras e muito subjetivas… Vir a Portugal é um mergulho em mim…Tem uma calma, uma leveza. Eu fico mais calmo, mais leve, eu sinto-me muito bem em Portugal. Não sei expressar em palavras. É uma sensação poética”, contou.
Por seu turno, Miguel Thiré, que está neste momento a residir em Portugal e que, inclusive, já participou numa novela portuguesa e trouxe ao palco do Chapitô, no ano passado, o monólogo Cidade Maravilhosa, destacou a simpatia dos portugueses. “É uma sociedade gentil, delicada. Tem uma cultura que me interessa, um jeito de ser que me interessa. Hoje, Lisboa e o Porto são duas cidades muito interessantes, muito internacionais, conectadas com muitas coisas… É uma mistura de um lugar em que tu tens acesso a tudo o que há de melhor no mundo, ao mesmo tempo com uma calma, que não é possível encontrar numa cidade grande brasileira”, referiu.
O ator, de 35 anos, desde cedo teve ligação ao mundo da representação, uma vez que é neto da atriz, Tônia Carrero, e a sua mãe é a produtora de teatro, mas ainda assim referiu que ser ator, foi algo que não esteve sempre nos seus planos. “Eu não tinha ideia do que ia fazer na vida, eu não sabia falar sobre isso. A minha família falava com muita paixão da profissão, mas ao mesmo tempo dizia: ‘É uma profissão muito difícil, muito concorrida, muito ingrata’”, contou.
Por outro lado, Mateus Solano disse que não teve esse tipo de crises existenciais e, que desde cedo, soube que queria seguir o caminho da representação. “Desde os 14, 15 anos comecei a enveredar por aí”, revelou.
Mateus é ainda pai de duas crianças, o Benjamim e a Flora, e fez por isso questão de salientar o que é que a paternidade mudou na sua vida. “É mais um fator para me fazer crescer, ser um ser humano melhor. Afinal eu tenho um exemplo para dar. Eu sou um exemplo agora. Da mesma forma que ser famoso me dá uma responsabilidade perante o meu público, ser pai é uma responsabilidade ainda maior para com dois seres vivos que dependem de mim, mais do que uma pessoa que fala, uma pessoa que dá o exemplo com as suas ações no dia-a-dia”, afirmou.
Entretanto, poderá ver Mateus Solano e Miguel Thiré na peça Selfie, que estará em cena no Tivoli, em Lisboa, entre 7 e 18 março, e depois no Teatro Sá da Bandeira, no Porto, de 22 a 25 de março.