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Jéssica Silva sobre caso Rubiales: “Ainda bem que aconteceu aos olhos de toda a gente”

A estrela do futebol feminino nacional esteve à conversa com Júlia Pinheiro.

MILTON KEYNES, ENGLAND – JULY 1: Jessica Silva of Portugal in action during the Women’s Internarional Friendly match between England and Portugal at Stadium mk on July 1, 2023 in Milton Keynes, England. (Photo by Joe Prior/Visionhaus via Getty Images)

Jéssica Silva tornou-se numa das mais jovens promessas do futebol feminino. Depois do sucesso da seleção nacional no Mundial da Austrália, em 2023, com vários triunfos da atleta, o nome da jogadora saltou para a ribalta.

Na tarde desta sexta-feira, 8 de março, e assinalando-se o Dia da Mulher, Jéssica esteve à conversa com Júlia Pinheiro, no programa das tardes da SIC.

Na entrevista, foi passado em revista todo o percurso da futebolista, da infância até às vitórias com a seleção portuguesa de futebol feminino. Para além disso, a jogadora acabou por ser questionada sobre uma das situações que agitou o Mundial de 2023: o caso Rubiales.

Luis Rubiales, treinador da seleção espanhola, foi protagonista de uma grande polémica, depois de um beijo sem consentimento a uma atleta da equipa do país, Jenni Hermoso.

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Jéssica Silva recordou o caso e, assumindo-se uma mulher de causas, referiu: “Este caso revelou muita coisa. Custa-me dizer mais ainda bem que aconteceu aos olhos de toda a gente“, começou por dizer.

Ainda hoje me perturba falar sobre o assunto, porque ainda hoje também, a Jenni, minha colega, continua a ser quase enxovalhada por causa do assunto“, continuou a referir Jéssica Silva.

É mais um episódio de assédio sexual, que ficou demonstrado, mas que ninguém protege. Ninguém protege a vítima“, denunciou. “É verdade que houve muitas vozes a proteger a Jenni, mas também houve quem criticasse“.

Com Júlia Pinheiro a afirmar que se “liam muitas coisas” à base do momento do beijo, a jogadora ainda acrescentou: “Eu creio que, cá, pelo menos, estamos saudáveis e seguras. Não posso falar de situações em particular. Tivemos um caso com um clube, mas lá está, é sempre um caminho a percorrer“, confessou.

Aqui em Portugal temos um mal muito grande: as jogadoras, não só no futebol, mas temos muito medo de falar, precisamente por não sermos protegidas. Mas quando existirem mais jogadoras capazes de falar, como aconteceu, se calhar, e espero que não, mas poderão ser descobertos outros casos. Mas penso que seja transversal a qualquer profissão. E continua a haver medo de falar sobre assédio, até porque estamos todos muito limitados“, rematou.

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