Joana Figueira, que é cuidadora da mãe há dois anos, teve de tomar uma ‘dura’ decisão. Esta segunda-feira, 12 de março, a atriz de 53 anos explicou que a progenitora “deu entrada num lar”.
“A decisão mais difícil da minha vida está tomada. A minha mãezinha deu entrada num lar. Não consigo descrever este vazio que me assola, bem como a sensação de traição imensa, apesar de racionalmente saber que é o melhor para todos. É o que me tem dito a equipa que de mim cuida. Eu não sei de nada. Só tenho a certeza da tristeza profunda que teima em ficar por mais que tente sentir-me em paz”, escreveu na legenda da publicação.
“Peço-lhe desculpa por perto e de longe. Percebo agora todos os que tiveram de fazer esta escolha e terão toda a minha empatia e solidariedade todos os que terão de a fazer. Se todas as lágrimas que me correm fossem o suficiente para responder à falta de água universal estaríamos mais tranquilos. Tamanha a lamechice, tamanha a dor”, continuou.
JOANA FIGUEIRA: “DESISTIRAM DA MINHA MÃE PORQUE ERA DEMENTE E PUSERAM-NA NA RUA”
E rematou: “Ontem foi dia de Santa Suzana. Fomos à missa. Eu vestia o top que a minha mãezinha vestia no dia do meu baptizado. A dada altura, sem que eu tivesse perguntado nada, virou a cara para mim dizendo ‘está tudo bem’. É nas suas palavras que vou buscar alimento. Sempre a fazer o seu papel. Obrigada mãezinha”, lê-se.
A mãe de Joana Figueira foi diagnosticada com demência antes da pandemia e teve outros sérios problemas de saúde. Em julho, a atriz disse estar “altamente deprimida” em conversa com Júlia Pinheiro no programa ‘Júlia’, da SIC. “Ainda não consegui recuperar daqueles meses todos que estive com ela em casa”, afirmou, na altura.