Carolina Pinto recorreu, nesta manhã de quinta-feira, 5 de dezembro, às stories da sua conta de Instagram para denunciar um episódio grave de maus-tratos a uma criança, que terá assistido num local público — e no qual se sentiu obrigada a intervir.
Ao longo de vários minutos, e, consequentemente, várias publicações, a influenciadora digital não deixou nada por relatar. Tudo terá acontecido há cerca de duas semanas num café onde a companheira de Marco Costa tem por hábito frequentar.
Enquanto estava no estabelecimento, Carolina Pinto ouviu gritos do lado de dentro. À primeira vista pareciam-lhe apenas os habituais "velhotes" que passam as manhãs a "discutir futebol e outros assuntos" — mas, afinal, era algo muito mais delicado.
"Era uma senhora aos gritos com uma criança para aí de dois anos", começou por contar, deixando a nota de que eventualmente todas as mães já acabaram, por em algum momento, gritar com os filhos, sempre no sentido de os alertar.
"'Não faças isso', 'não mexas nisto', 'sai daí': são coisas normais que qualquer mãe passa por isso. Portanto, não vamos ser hipócritas e dizer que nunca gritou ou que nunca teve uma atitude menos pensada ou por cansaço ou porque já dissemos 50 mil vezes para não fazerem aquilo e vão fazer".
Mas, desta vez, o que vivenciou nada tinha a ver com uma simples chamada de atenção. "Estamos a falar de uma criança com dois anos, dois anos e pouco e de um palavreado que aquela senhora estava a utilizar com aquela criança que de facto não é...", continuou a expor.
"Esta senhora estava a tratar mal a sua própria filha, mandando-lhe com o tabuleiro das coisas que ela tinha pedido para comer em cima da cabeça, chamando nomes com asneiras, dizendo 'estou farta de ti', 'anda para a frente', 'vais começar a apanhar', coisas assim desse género".
Mas houve algo igualmente inédito a acontecer. Segundo o que explicou a influencer, encontravam-se cerca de 30 pessoas no estabelecimento e nenhuma delas foi capaz de intervir no que estava, ali, a acontecer.
"Eu fui a única pessoa que se levantou e que armou um barraco basicamente, porque eu armei um barraco com aquela senhora, só me apetecia esganá-la. Não sei como é que é possível nesta altura do campeonato, com tanta coisa que nós ouvimos nos telejornais, com tanta coisa que nos é chegada, com tanta informação, não sei mesmo como é que é possível de 30 pessoas nenhuma delas se levantar, nenhuma delas ficar horrorizada com a situação e nenhuma delas ter defendido aquela bebé", criticou.
Com a troca acesa de palavras entre Carolina Pinto e a alegada agressora, a criança terá começado a chorar e a pedir para ir para o colo da companheira de Marco Costa. Nesse entretanto, a influenciadora digital fez questão de notar: "Nenhuma das outras pessoas que estavam a ver a situação foi capaz de ligar para a polícia", condenou.
Admitindo estar "transtornada" com o que viu, Carolina Pinto confessou ainda que não consegue parar de pensar na bebé que terá sido alvo de maus-tratos. "Se aquela mãe faz aquilo em praça pública e ninguém faz nada, o que é que aquela mãe fará àquela criança em casa? É só isso que eu me pergunto", disse ainda.
"É inacreditável como é que o nosso país não faz justiça para estas crianças. É normal ouvir uma mãe chamar 'vaca' à sua própria filha?'. Onde é que isto é normal? Isto não é normal. Eu pergunto-me a mim, que adulta vai ser esta criança? Que mulher vai ser esta criança? E por isso é que depois há adultos da maneira que há, frustrados e com problemas graves mentais de saúde, porque de facto na infância não tiveram o acompanhamento necessário".
Carolina Pinto adiantou ainda que se encontra à procura de informações sobre a alegada agressora e que até já obteve alguns detalhes. Note ainda que a influencer fez questão de salientar que depois do confronto com a mãe da criança, esta última acabou por fugir num carro.